Alcineide Mendes, 1 filho, Bancária, 30 anos.
Puerpério, um dos momentos mais difíceis e sombrios que já vivi. Lá se vão 30 dias sem dormir, comer direito. A vida paralisada, como se nunca tivesse sido. Me olho no espelho e não me reconheço, não me encontro. Onde eu me perdi?
O pior é não sentir a tão falada plenitude da maternidade. Onde está o amor de mãe avassalador que todo mundo comenta? Ainda não o senti, isso me faz sentir culpada, frustrada, pequena. Vou vivendo os dias com a sensação que isso nunca vai passar, cumprindo meu papel quase que no automático, com uma vontade imensa de ter minha vida de volta. Na realidade tudo o que eu queria era minha vida de volta.
Mais um abraço virtual então….sei que você precisa de muitos. Como eu precisei, ainda preciso. Tenho um bebê de 98 dias e me sinto num puerpério eterno. Mas já melhorou muito, se te consola…..vai melhorar e vai passar, ok?
Não se sinta culpada ou frustrada, porque essa plenitude instantânea é conversa de novela. Faça o seu melhor, aceite e peça ajuda, permita-se errar e não dar cobta de tudo…..você está em um intenso processo de cobhecer seu filho. Permite-se ir devagar….conhecendo o jeitinho dele…habituando-se a ele e ele a você…o amor vai surgindo….e vai crescendo. Tenha calma….tenha fé!
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Você aceita um abraço virtual? Meu coração ficou apertado ao ler seu post…Olha, não sou uma mãe experiente (mas uma inexperiente ganhando experiência aos trancos e barrancos), mas o que posso te dizer é que essa é uma fase que, como todas as outras da vida, PASSA. Sei o que é sofrer na maternidade. Na gravidez, no parto, no pós-parto. E percebi que podemos nao controlar o que a gente sente, mas que tal tentarmos controlar mais o que a gente consente? Esta tem sido minha estratégia muitas vezes para nao pirar…se eu puder ajudar em alguma coisa, é só me escrever. Abraços e fique bem 🙂
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