Relato da Quitéria

A Quitéria deixou o relato dela pra nós lá na página do Temos que falar sobre isso no Facebook – https://www.facebook.com/temosquefalarsobreisso/posts/10204588417493584 – , e vamos também colocar aqui no blog pois como disse ela: “espero que ajude a conscientizar mais pessoas”, então vamos lá! No final ela colocou também o link da matéria no globo.com


Por Quitéria Chagas

Relato do meu parto domiciliar: meu ser de luz, Elena veio ao mundo no aconchego de casa, em parto natural humanizado que durou 5h.
Nasceu na banheira de casa, sendo recebida pelas mãos minha e do meu marido; assistida pela equipe humanizada da maravilhosa Enfermeira Obstetra Marcella Pereira da equipe de partos domiciliares (coletivodeparteiras.com) e querida Doula Gabriela Prado ; a fotógrafa de partos Valéria Ribeiro
Melhor experiencia da minha vida!
Parir em casa com equipe humanizada.
Parir é ato natural, não é uma doença, não é patologia, as mulheres sabem parir e bebês sabem nascer.
A sociedade moderna transformou partos em doença que necessita de muitas intervenções médicas e hospitalares para obter lucro; as intervenções são uma evolução importante é necessária quando existem realmente riscos de gestantes com hipertensão, diabete e outros raros riscos.
Porém atualmente criaram motivos irreais, sem base científica para lucrar com intervenções; o público que é leigo lógico se entrega ao saber médico, porém nem todos médicos são humanistas, nem todos estão atualizados, a obstetrícia brasileira está em crise e necessita de reformulação urgente de acordo com a organização mundial de saúde que é contra os altos índices de cesarianas recordes no Brasil e o Ministério da saúde está tentando mudar isso.
O que tem que mudar no Brasil é a consciência dos brasileiros, desconstruir mitos e cultura retrógrada que foram criadas por suposições, aumentar a informação para a população deixar de ser leiga, usada por um sistema que só objetiva lucro e não a saúde.
Preferi parir no Brasil, seguindo os modelos obstétricos europeus de países desenvolvidos que recomendam quando a gestacao não tem risco da gestante parir em casa ou onde sentir confortável e tranquila.
Mais um relato de parto que desconstrói o sistema de obstetrícia BR que costumam induzir o parto com várias intervenções desde substâncias químicas para expulsar o bebê, até inducar cesarianas indevidas, sem base científica e só no achismo “pseudocientífico” inventado por alguns médicos que necessitam se aperfeiçoar no exterior ou com quem tem prática de parto natural no Brasil; se eu tivesse ido ao hospital nas primeiras contrações certamente me jogariam na cesariana indevida porque, minha bebê nasceu “grande” para a idéia de alguns obstetras:
Nasceu c/ 3,600 kg – 52 cm; com 2 voltas de circular de cordão umbilical no pescoço…tudo que obstetras tentam alegar para gestantes que bebês assim não podem nascer.
A natureza é sábia, toda mulher tem passagem, toda mulher tem dilatação, todo bebê nasce independentemente de tamanho, os tamanhos as medidas são obscessoes do mundo contemporâneo, parto não é ciência exata, cada corpo, cada mulher processa o parto da maneira que necessita ser, vamos parar de deduzir e tentar adivinhar ou prever o fenômeno imprevisível.
Passei 2 semanas sentindo contrações que são colicas fortes, se tivesse ido ao hospital, nenhum médico esperaria tantas semanas e nem o plano pagaria uma internação tão longa para esperar quando meu corpo decidir aumentar as dilatações e abrir passagem pra minha filha…por isso no hospital dizem que a gestante não teve passagem ou não dilatou, porque cada gestante, cada organismo tem seu tempo, seu ritmo…o que falta é paciência do profissional, da equipe…falta conhecimento e consciência da psicofisiologia do parto. Entender que nem tudo é tecnologia, a tecnologia deve somar e não fazer o profissional perder a sensibilidade e sua prática como indivíduo não robotizado, não mecânico.
A cólica a TPM, são importantes exercícios de preparação que o corpo faz para nos preparar para trabalho de parto, porém hoje evitamos qualquer dorzinha com medicamento; inibindo esse processo que nos torna menos resistentes ao trabalho de parto e a dor.
Dor é inerente ao ser humano, tanto na cesariana quanto no parto natural em algum momento a dor estará; no natural algumas não sentem dor, outras sentem a única na hora do parto, na cesariana tem toda uma recuperação de dias com dores, estar ligada ao soro, dopada de medicamentos, os pontos, a retirada deles, as picadas da anestesia na coluna e não sentir seu corpo da cintura pra baixo….
Preferi sentir uma única dor, do que passar por inúmeras dores em doses homeopáticas e correr riscos em uma cirurgia tão séria quanto a cesariana, que só deveris ser utilizada em caso de emergência pra salvar vidas.
Melhor que tem a ser feito é estudar, buscar muita informação, acreditar, relaxar e deixar a natureza seguir seu curso.

http://ego.globo.com/…/quiteria-chagas-da-luz-em-casa-e-def…

1 comentário Adicione o seu

  1. Carina disse:

    “toda mulher tem dilatação, todo bebê nasce independentemente de tamanho, ”
    Nem todas, querida.
    Não se pode generalizar tanto assim, já conheci inúmeros casos que a mulher estava há horas em TP mas não teve dilatação o suficiente, necessitando de cesárea urgente.

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